Muitos são os cidadãos que vivem distantes das paragens de transporte que se veem obrigados a levantar da cama antes do raiar do sol. Estes estão preocupados com o recolher obrigatório das 21h às 04 horas.
“Estamos mal, eu saí de lá do Bloquinha a pé para chegar aqui ” desabafou a Esperança Paulo, uma munícipe entrevistada.
“Existem na verdade pessoas que vivem muito longe, dos seus locais de trabalho, então para chegarem a tempo algumas pessoas saem as 3 horas da madrugada e só conseguem chegar no serviço as 9 horas” declarou Ilda Gaspar, outra munícipe que encontrava-se na fila a espera do transporte.
O regresso à casa, pode também acontecer depois do toque do recolher:
“Porque das 18 ás 19 horas o transporte começa a escassear-se, então provavelmente haverão pessoas que vão ter dificuldades para chegar à casa.”, afirma Gabriel Cavel
Os transportadores precisam também levantar cedo e recolher tarde.
“Nossos autocarros começam a sair daqui as cinco e meia, para um condutor que vive em Boane, vive em Gondoza, Santa Isabel, para chegar 5 horas aqui e sair cinco e meia deve acordar uma hora de madrugada de casa, então, esse ao ser abordado pela polícia deve haver diálogo”, diz Nelson Manuel, transportador.
Com esperança de compressão por parte da polícia.
“Porque o mais importante, é compreensão, cidadão respeitar polícia e polícia respeitar cidadão. E haver diálogo, porque nalgum momento o que falta é diálogo, é por isso que há agressões, porque agrediu ali, cidadão também, ofendeu e tal, é porque não há diálogo” Acrescenta Nelson Manuel.
Todas opiniões colhidas, convergem no ponto de que trata-se de medidas bem acertadas, mas não deixam de lado que o melhor de tudo seria a disponibilização de mais meios de transportes.
Lembrar que na tomada de novas medidas o Presidente da República referiu-se a casos excepcionais, principalmente no recolher obrigatório em que a polícia terá que ser cautelosa.
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